Tendinite Calcárea
O que é a tendinite calcárea?
A tendinopatia calcária do ombro é uma patologia comum, caracterizada pela formação de depósitos de cálcio dentro dos tendões sadios do manguito rotador. É uma doença auto limitada e o curso natural é a absorção dos depósitos de cálcio e a cicatrização do tendão.
Qual a diferença entre tendinite calcárea e as calcificações degenerativas?
Importante diferenciar a tendinite calcária da calcificação degenerativa que ocorre nas inserções tendinosas de todo o organismo. As principais diferenças são: na tendinite calcária do ombro as calcificações ficam a um ou dois centímetros da inserção tendinosa e ocorrem em tendões sadios, geralmente com a forma arredondada. Na calcificação degenerativa os depósitos ocorrem junto a inserção dos tendões e ligamentos e tem a forma triangular e espiculada.
Qual a origem da tendinite calcárea?
Foram propostos três mecanismos para a formação dos depósitos de cálcio. calcificação degenerativa, associação com doenças endócrinas e calcificação reativa.
Teoria da Calcificação Degenerativa.
A calcificação degenerativa foi proposta por Codman, que acreditava que a degeneração do tendão precedia a formação de depósitos de cálcio. Inicialmente o tendão entraria em hipóxia e a seguir se tornaria necrótico e posteriormente ocorreria uma calcificação distrófica. Mc Laughling em 1946 descreveu a hialinização focal das fibras tendinosas; estas podem eventualmente apresentar fibrilações destacadas dos tendões, com posterior calcificação. Macnab demonstrou que a interrupção vascular no tendão de Aquiles de ratos produzia hialinização das fibras dos tendões e posterior calcificação. O trabalho de Herberts et al sugere que o esforço físico causado no ombro pelas atividades físicas pode levar a tendinite no tendão do supra-espinal. Porém, não há evidência científica que leve a conclusão de que o esforço físico pode levar a calcificação dos tendões. O trabalho de Olsson nos mostra que não existe diferença na incidência de degeneração do manguito rotador entre o membro dominante e o não dominante.
A idade é considerada a causa mais freqüente de degeneração no manguito rotador. Brewer demonstrou que à medida que o tendão do supra-espinal envelhece, sua vascularização diminui. No final da quarta e durante a quinta décadas, a maioria dos fascículos sofre afilamento e fibrilação e estas alterações são definidas como degenerativas. Brewer acredita que o envelhecimento do manguito rotador contribui para a formação dos depósitos de cálcio.
Mohr e Bilger acreditam que o processo de calcificação se inicia com a necrose dos tenócitos. Ocorre concomitantemente acúmulo intracelular de cálcio, muitas vezes em forma de microesferas ou grãos de areia. Em geral, os adeptos da teoria degenerativa da calcificação deixam de levar em consideração a distribuição etária das pessoas afetadas, o curso natural da doença e os aspectos morfológicos da calcificação. (Uhthoff e Loehr )
Existem vários aspectos sobre a tendinopatia calcária que são conflitantes com a teoria da calcificação degenerativa. A calcificação ocorre em tecido aparentemente viável e não em tecidos necróticos. O pico de incidência da tendinopatia calcária é o final da quarta década
e em toda a quinta década. A tendinopatia calcária é rara na sexta década e sétima década de vida . As doenças degenerativas não apresentam um potencial auto-limitado como observado na tendinopatia calcária. Além disso, as características macroscópicas e histológicas
da calcificação degenerativa e da tendinopatia calcária são bastante diferentes. Esses achados indicam uma etiologia diferente entre a calcificação degenerativa e a tendinopatia calcária. ( Uhthoff e Loehr)
Associação com doenças endócrinas
Harvie et al realizaram um estudo populacional no qual identificaram fatores hormonais e doenças endócrinas na patogênese da tendinopatia calcária. As patologias mais frequentemente encontradas foram desordens da tireóide e do metabolismo do estrogênio. Pacientes com doenças endócrinas em geral apresentam sintomas relacionados à tendinopatia calcária em faixa etária mais jovem: 41 anos em comparação aos 47 anos no restante da população. Além disso, neste grupo de pacientes, a história natural mais lenta: duração, em média, de 80 meses nas desordens endócrinas comparado a 47 meses no restante da população. Pacientes com desordens endócrinas necessitaram de tratamento cirúrgico mais freqüentemente. Propuseram uma classificação dividindo a tendinopatia calcária em dois grupos: Grupo I tendinopatia primária e Grupo II tendinopatia secundária a doenças endócrinas. Sugeriram a pesquisa sistemática dessas condições para ajudar na identificação de fatores prognósticos e no auxílio da indicação do tratamento cirúrgico.
Teoria da Calcificação Reativasimples
Segundo Uhthoff e Sarkar o processo de calcificação está ativamente mediado pelas células em um ambiente viável e não num ambiente necrótico. Não há a menor dúvida de que formação do depósito de cálcio deve preceder a sua reabsorção. Uhthoff propõe que a evolução da doença pode ser dividida em três fases distintas: fase pré-calcificação, fase de calcificação, e pós-calcificação. A fase de calcificação descrita por Uhthoff é semelhante às fases iniciais e tardias descritas por Lippmann em 1961. A seguir descreveremos o ciclo de formação, calcificação e reabsorção dos depósitos de cálcio, de acordo com a descrição de Uhthoff.
Fase de Pré calcificação
Na fase de pré calcificação, o local de predileção para calcificação é a fibrocartilagem que sofre uma metaplasia. A metaplasia dos tenócitos em condrócitos é acompanhada por metacromasia, indicativo da formação de proteoglicanas.
Fase de Calcificação
A fase de calcificado é subdividida em 3 fases: formação, descanso ou repouso e, finalmente, reabsorção. Durante a fase de formação, os cristais de cálcio são depositados em vesículas na matriz celular, que coalescem para formar grandes focos de calcificação. Se o paciente sofre cirurgia durante a fase de calcificação, o depósito tem a consistência de giz e o depósito pode ser retirado com uma cureta. Os focos de calcificação são separados por um septo fibrocartilaginoso e geralmente perfurados por pequenos vasos sanguíneos. Os septos fibrocartilaginosos são pobres em colágeno tipo II e são progressivamente reabsorvivos pela ampliação dos depósitos de cálcio.
Durante a fase de repouso as bordas do tecido fibrocartilaginoso são focos de calficicação. A presença de tecido não cálcico na periferia da calcificação indica que a fase de deposição de cálcio nesse local terminou.
Depois de um período variável de inatividade, a reabsorção se inicia com o aparecimento de vasos sanguíneos na periferia dos depósitos de cálcio. Logo após, os depósitos são circundados por macrófagos e células gigantes multinucleadas que removem os depósitos de cálcio. Se operamos o paciente nesta fase, a calcificação tem a aparência de uma pasta de dente espessa que freqüentemente está sob pressão.
Fase pós-calcificação.
Simultaneamente com a reabsorção do cálcio, um tecido de granulação contendo fibroblastos jovens e vasos sanguíneos começa a remodelar o espaço ocupado pela calcificação; estes locais têm a presença do colágeno tipo III. À medida que o tecido cicatricial amadurece, fibroblastos e colágeno se alinham ao longo das fibras do tendão. Durante esta fase de remodelação, o colágeno tipo III é substituído pelo colágeno tipo I. Apesar de ser possível reconstruir a patogênese do processo de calcificação através de estudos morfológicos, é difícil estabelecer quais gatilhos disparam a transformação da fibrocartilagem. Codman sugere a hipóxia tecidual como o fator etiológico inicial. Essa hipótese permanece atraente até os dias de hoje devido à peculiaridade do suprimento vascular do manguito rotador e da mecânica do ombro (Uhthoff). Uhthoff encontrou um aumento de HLA-A1 em pacientes com tendinite calcária indicando que esses pacientes podem ser mais suscetíveis a essa patologia. Os fatores que disparam o início da fase reabsortiva permanecem desconhecidos.
Qual a patologia da tendinite Calcárea?
Na tendinopatia calcária os depósitos de cálcio não estão em contato com a inserção óssea. Ao contrário, em geral eles estão a 1,0 a 2,0 cm da inserção nos tubérculos. Habitualmente, os depósitos de cálcio num determinado paciente não estão na mesma fase de evolução, porém uma das fases é predominante. Histologicamente, o aspecto morfológico de um depósito individual pode variar de um tecido fibrocartilaginoso a um tecido granulomatoso tipo corpo estranho.
Quais as fases da tendinite calcearea?
Fase Pré Calcificação
Uhthoff acredita que a patologia se inicia com a metaplasia da fibrocartilagem do tecido tendinoso. As áreas de fibrocartilagem são geralmente avasculares. A substância intercelular é metacromática e existe uma proeminência de células circundadas por halos ricos em glicosaminoglicana. Archer et al, usando anticorpos monoclonais, não encontraram a presença de colágeno tipo II. Entretanto, Uhthoff, também utilizando pesquisa com anticorpos monoclonais, identificou a presença de colágeno tipo II nesta fase.Fase de calcificação
1. Fase formativa.
Na microscopia os depósitos de cálcio aparecem em vários focos, separados por tecido fibrocartilaginoso e fibrocartilagem. A fibrocartilagem consiste de células semelhantes a condrócitos, como descrito por Archer, com uma matriz que mostra vários graus de metacromia. A aparência dos condrócitos na substância dos tendões foi documentada por vários autores desde 1912.
A ultra-estrutura desses condrócitos mostra frequentemente que as células contêm pouco citoplasma com um retículo endoplasmático bem desenvolvido, mitocôndrias em quantidade moderada, um ou mais vacúolos e numerosos processos celulares. A margem do núcleo é bocelada. As células são circundadas com uma banda de matriz pericelular com ou sem um intervalo.
O primeiro sinal de depósitos de cálcio é a presença de material granular com coloração positiva ao método de von Kossa. Esses pequenos grânulos se agrupam para formar torrões. A microscopia eletrônica de alta resolução revelou que os cristais de cálcio são mais largos que os encontrados nos cristais clássicos de hidroxiapatita e têm uma configuração diferente.
2.Fase de descanso
Durante a fase de formação a inflamação e a presença de vasos sanguíneos não são comuns, observamos outras focos rodeados por tecido tendinoso sem evidência de inflamação, essas áreas parecem corresponder a fase de repouso.
3.Fase de reabsorção
Nessa fase observamos outros focos com células mesenquimais e epiteliais leucócitos, linfócitos e ocasionalmente células gigantes. A presença dessas células é indicativa de atividade de reabsorção. A significativa reação celular ao redor dos depósitos de cálcio caracteriza o chamado granuloma cálcico, que constitui a lesão característica da tendinopatia calcária.
O aspecto granulomatoso é expressado pela presença de células gigantes multinucleadas. A reação tecidual é frequentemente acompanhada por capilares e canais vasculares finos ao redor dos depósitos de cálcio. Materiais fagocitados dentro dos macrófagos e células gigantes multinucleadas podem ser facilmente identificados.
O exame da ultra-estrutura dessas células mostra partículas de cristais eletrodensos em vacúolos citoplasmáticos, com aparência diferente dos depósitos extracelulares. Alguns acúmulos intracelulares têm forma arredondada e são conhecidos como microesferócitos ou psamonas (em forma de areia).
4.Fase pós Calcificação.
Pequenas áreas representando o processo de reparação podem ser encontradas na vizinhança das calcificações, mostrando uma considerável variação na aparência. Tecido de granulação com
fibroblastos jovens e capilares recém-formados contrastam com a cicatriz bem formada, ricamente vascular, e fibroblastos maduros que estão em processo de alinhamento com o longo eixo das fibras tendinosas.
A bursa subacromial raramente é o local primário da reação. Entretanto, devido ao volume da calcificação, o depósito de cálcio pode provocar impacto subacromial e reação (inflamação) bursal.
Como a tendinite calcárea é avaliada com exames de imagem?
Avaliação radiológica
Os depósitos de cálcio estão localizados, na maioria dos casos, no tendão do supra-espinal. As radiografias devem ser obtidas sempre que a calcificação do manguito for suspeitada. A avaliação radiográfica também é importante durante o acompanhamento da patologia, pois podemos observar facilmente a mudança na densidade e na extensão da calcificação.
As radiografias iniciais devem incluir as seguintes incidências: ântero-posterior (AP) com o braço em rotações interna, externa e neutra; perfil escapular; e axilar. Algumas vezes, angulações cranial e/ou caudal da ampola ajudam na identificação e mensuração das calcificações. As calcificações no supra-espinhal são em geral bem visualizadas no AP em neutro. Já as calcificações localizadas no infra-espinal e no redondo menor são melhor avaliadas no AP em rotação interna. A calcificação no subescapular é rara e é melhor visualizada no AP com rotação externa. A incidência axilar pode auxiliar em alguns casos. A incidência em perfil da escápula pode ajudar a determinar se a calcificação está causando uma síndrome de impacto. A radiografia simples não somente permite a confirmação da presença ou ausência da calcificação como também permite dimensionar a sua extensão, forma, e densidade.
DePalma e Kruper descreveram dois tipos radiográficos.
No tipo I, há depósitos em forma de flocos com bordas mal definidas, encontradas geralmente em pacientes com dor aguda. Durante a fase reabsortiva, que é caracterizada pela dor aguda, os depósitos de cálcio têm aparência algodoada, lembrando nuvens no céu, e são irregulares, com bordas mal definidas. A ruptura dos depósitos de cálcio na bursa somente pode ocorrer durante a fase de reabsorção, pois nessa fase o depósito tem consistência semelhante a pasta de dentes. A radiografia pode mostrar algumas vezes essa imagem como uma crescente acima do deposito de cálcio em direção a bursa subacromial.
O tipo II é caracterizado por depósitos separados bem definidos e homogêneos com densidade uniforme e bem delineados na periferia. Esse tipo é encontrado nos casos subagudos e crônicos. 52% dos casos descritos por DePalme e Kruger apresentavam uma única calcificação. Uhthoff afirma que na fase de formação, quando a dor é de pequena intensidade ou ausente, o depósito é denso, bem definido e homogêneo.
A calcificação vista na artropatia do manguito rotador tem um aspecto diferente: é pontiaguda e está na inserção óssea, sempre acompanhada das alterações degenerativas ósseas e cartilaginosos. Esses depósitos de cálcio devem ser claramente distinguidos dos depósitos reacionais intratendinosos.
Em um estudo com 217 pacientes operados submetidos a radiografias simples e ultra-sonografia, realizado por Hartig e Huth a ultra-sonografia se mostrou superior na capacidade de identificação dos depósitos de cálcio. A ultra-sonografia apresentou uma correlação de 100% dos casos confirmados com a histologia e a radiografia simples foi capaz de identificar somente 90% dos depósitos de cálcio. Apesar da ultra-sonografia não submeter o paciente a radiação o acompanhamento evolutivo da calcificação é mais facilmente realizado pela radiografia simples.
O exame de ressonância magnética é raramente utilizado. Nas imagens em T1, a calcificação aparecem como áreas de diminuição de sinal. As imagens em T2 freqüentemente mostram um halo perifocal de aumento de sinal compatível com edema.
Leia Mais no segundo artigo sobre Tendinite Calcária 2
Dr. Marcos Britto da Silva
Médico Especialista em Ombro
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 19/01/2013
Qual a diferença entre tendinite calcárea e as calcificações degenerativas?
Importante diferenciar a tendinite calcária da calcificação degenerativa que ocorre nas inserções tendinosas de todo o organismo. As principais diferenças são: na tendinite calcária do ombro as calcificações ficam a um ou dois centímetros da inserção tendinosa e ocorrem em tendões sadios, geralmente com a forma arredondada. Na calcificação degenerativa os depósitos ocorrem junto a inserção dos tendões e ligamentos e tem a forma triangular e espiculada.
Qual a origem da tendinite calcárea?
Foram propostos três mecanismos para a formação dos depósitos de cálcio. calcificação degenerativa, associação com doenças endócrinas e calcificação reativa.
Teoria da Calcificação Degenerativa.
A calcificação degenerativa foi proposta por Codman, que acreditava que a degeneração do tendão precedia a formação de depósitos de cálcio. Inicialmente o tendão entraria em hipóxia e a seguir se tornaria necrótico e posteriormente ocorreria uma calcificação distrófica. Mc Laughling em 1946 descreveu a hialinização focal das fibras tendinosas; estas podem eventualmente apresentar fibrilações destacadas dos tendões, com posterior calcificação. Macnab demonstrou que a interrupção vascular no tendão de Aquiles de ratos produzia hialinização das fibras dos tendões e posterior calcificação. O trabalho de Herberts et al sugere que o esforço físico causado no ombro pelas atividades físicas pode levar a tendinite no tendão do supra-espinal. Porém, não há evidência científica que leve a conclusão de que o esforço físico pode levar a calcificação dos tendões. O trabalho de Olsson nos mostra que não existe diferença na incidência de degeneração do manguito rotador entre o membro dominante e o não dominante.
A idade é considerada a causa mais freqüente de degeneração no manguito rotador. Brewer demonstrou que à medida que o tendão do supra-espinal envelhece, sua vascularização diminui. No final da quarta e durante a quinta décadas, a maioria dos fascículos sofre afilamento e fibrilação e estas alterações são definidas como degenerativas. Brewer acredita que o envelhecimento do manguito rotador contribui para a formação dos depósitos de cálcio.
Mohr e Bilger acreditam que o processo de calcificação se inicia com a necrose dos tenócitos. Ocorre concomitantemente acúmulo intracelular de cálcio, muitas vezes em forma de microesferas ou grãos de areia. Em geral, os adeptos da teoria degenerativa da calcificação deixam de levar em consideração a distribuição etária das pessoas afetadas, o curso natural da doença e os aspectos morfológicos da calcificação. (Uhthoff e Loehr )
Existem vários aspectos sobre a tendinopatia calcária que são conflitantes com a teoria da calcificação degenerativa. A calcificação ocorre em tecido aparentemente viável e não em tecidos necróticos. O pico de incidência da tendinopatia calcária é o final da quarta década
e em toda a quinta década. A tendinopatia calcária é rara na sexta década e sétima década de vida . As doenças degenerativas não apresentam um potencial auto-limitado como observado na tendinopatia calcária. Além disso, as características macroscópicas e histológicas
da calcificação degenerativa e da tendinopatia calcária são bastante diferentes. Esses achados indicam uma etiologia diferente entre a calcificação degenerativa e a tendinopatia calcária. ( Uhthoff e Loehr)
Associação com doenças endócrinas
Harvie et al realizaram um estudo populacional no qual identificaram fatores hormonais e doenças endócrinas na patogênese da tendinopatia calcária. As patologias mais frequentemente encontradas foram desordens da tireóide e do metabolismo do estrogênio. Pacientes com doenças endócrinas em geral apresentam sintomas relacionados à tendinopatia calcária em faixa etária mais jovem: 41 anos em comparação aos 47 anos no restante da população. Além disso, neste grupo de pacientes, a história natural mais lenta: duração, em média, de 80 meses nas desordens endócrinas comparado a 47 meses no restante da população. Pacientes com desordens endócrinas necessitaram de tratamento cirúrgico mais freqüentemente. Propuseram uma classificação dividindo a tendinopatia calcária em dois grupos: Grupo I tendinopatia primária e Grupo II tendinopatia secundária a doenças endócrinas. Sugeriram a pesquisa sistemática dessas condições para ajudar na identificação de fatores prognósticos e no auxílio da indicação do tratamento cirúrgico.
Teoria da Calcificação Reativasimples
Segundo Uhthoff e Sarkar o processo de calcificação está ativamente mediado pelas células em um ambiente viável e não num ambiente necrótico. Não há a menor dúvida de que formação do depósito de cálcio deve preceder a sua reabsorção. Uhthoff propõe que a evolução da doença pode ser dividida em três fases distintas: fase pré-calcificação, fase de calcificação, e pós-calcificação. A fase de calcificação descrita por Uhthoff é semelhante às fases iniciais e tardias descritas por Lippmann em 1961. A seguir descreveremos o ciclo de formação, calcificação e reabsorção dos depósitos de cálcio, de acordo com a descrição de Uhthoff.
Fase de Pré calcificação
Na fase de pré calcificação, o local de predileção para calcificação é a fibrocartilagem que sofre uma metaplasia. A metaplasia dos tenócitos em condrócitos é acompanhada por metacromasia, indicativo da formação de proteoglicanas.
Fase de Calcificação
A fase de calcificado é subdividida em 3 fases: formação, descanso ou repouso e, finalmente, reabsorção. Durante a fase de formação, os cristais de cálcio são depositados em vesículas na matriz celular, que coalescem para formar grandes focos de calcificação. Se o paciente sofre cirurgia durante a fase de calcificação, o depósito tem a consistência de giz e o depósito pode ser retirado com uma cureta. Os focos de calcificação são separados por um septo fibrocartilaginoso e geralmente perfurados por pequenos vasos sanguíneos. Os septos fibrocartilaginosos são pobres em colágeno tipo II e são progressivamente reabsorvivos pela ampliação dos depósitos de cálcio.
Durante a fase de repouso as bordas do tecido fibrocartilaginoso são focos de calficicação. A presença de tecido não cálcico na periferia da calcificação indica que a fase de deposição de cálcio nesse local terminou.
Depois de um período variável de inatividade, a reabsorção se inicia com o aparecimento de vasos sanguíneos na periferia dos depósitos de cálcio. Logo após, os depósitos são circundados por macrófagos e células gigantes multinucleadas que removem os depósitos de cálcio. Se operamos o paciente nesta fase, a calcificação tem a aparência de uma pasta de dente espessa que freqüentemente está sob pressão.
Fase pós-calcificação.
Simultaneamente com a reabsorção do cálcio, um tecido de granulação contendo fibroblastos jovens e vasos sanguíneos começa a remodelar o espaço ocupado pela calcificação; estes locais têm a presença do colágeno tipo III. À medida que o tecido cicatricial amadurece, fibroblastos e colágeno se alinham ao longo das fibras do tendão. Durante esta fase de remodelação, o colágeno tipo III é substituído pelo colágeno tipo I. Apesar de ser possível reconstruir a patogênese do processo de calcificação através de estudos morfológicos, é difícil estabelecer quais gatilhos disparam a transformação da fibrocartilagem. Codman sugere a hipóxia tecidual como o fator etiológico inicial. Essa hipótese permanece atraente até os dias de hoje devido à peculiaridade do suprimento vascular do manguito rotador e da mecânica do ombro (Uhthoff). Uhthoff encontrou um aumento de HLA-A1 em pacientes com tendinite calcária indicando que esses pacientes podem ser mais suscetíveis a essa patologia. Os fatores que disparam o início da fase reabsortiva permanecem desconhecidos.
Qual a patologia da tendinite Calcárea?
Na tendinopatia calcária os depósitos de cálcio não estão em contato com a inserção óssea. Ao contrário, em geral eles estão a 1,0 a 2,0 cm da inserção nos tubérculos. Habitualmente, os depósitos de cálcio num determinado paciente não estão na mesma fase de evolução, porém uma das fases é predominante. Histologicamente, o aspecto morfológico de um depósito individual pode variar de um tecido fibrocartilaginoso a um tecido granulomatoso tipo corpo estranho.
Quais as fases da tendinite calcearea?
Fase Pré Calcificação
Uhthoff acredita que a patologia se inicia com a metaplasia da fibrocartilagem do tecido tendinoso. As áreas de fibrocartilagem são geralmente avasculares. A substância intercelular é metacromática e existe uma proeminência de células circundadas por halos ricos em glicosaminoglicana. Archer et al, usando anticorpos monoclonais, não encontraram a presença de colágeno tipo II. Entretanto, Uhthoff, também utilizando pesquisa com anticorpos monoclonais, identificou a presença de colágeno tipo II nesta fase.Fase de calcificação
1. Fase formativa.
Na microscopia os depósitos de cálcio aparecem em vários focos, separados por tecido fibrocartilaginoso e fibrocartilagem. A fibrocartilagem consiste de células semelhantes a condrócitos, como descrito por Archer, com uma matriz que mostra vários graus de metacromia. A aparência dos condrócitos na substância dos tendões foi documentada por vários autores desde 1912.
A ultra-estrutura desses condrócitos mostra frequentemente que as células contêm pouco citoplasma com um retículo endoplasmático bem desenvolvido, mitocôndrias em quantidade moderada, um ou mais vacúolos e numerosos processos celulares. A margem do núcleo é bocelada. As células são circundadas com uma banda de matriz pericelular com ou sem um intervalo.
O primeiro sinal de depósitos de cálcio é a presença de material granular com coloração positiva ao método de von Kossa. Esses pequenos grânulos se agrupam para formar torrões. A microscopia eletrônica de alta resolução revelou que os cristais de cálcio são mais largos que os encontrados nos cristais clássicos de hidroxiapatita e têm uma configuração diferente.
2.Fase de descanso
Durante a fase de formação a inflamação e a presença de vasos sanguíneos não são comuns, observamos outras focos rodeados por tecido tendinoso sem evidência de inflamação, essas áreas parecem corresponder a fase de repouso.
3.Fase de reabsorção
Nessa fase observamos outros focos com células mesenquimais e epiteliais leucócitos, linfócitos e ocasionalmente células gigantes. A presença dessas células é indicativa de atividade de reabsorção. A significativa reação celular ao redor dos depósitos de cálcio caracteriza o chamado granuloma cálcico, que constitui a lesão característica da tendinopatia calcária.
O aspecto granulomatoso é expressado pela presença de células gigantes multinucleadas. A reação tecidual é frequentemente acompanhada por capilares e canais vasculares finos ao redor dos depósitos de cálcio. Materiais fagocitados dentro dos macrófagos e células gigantes multinucleadas podem ser facilmente identificados.
O exame da ultra-estrutura dessas células mostra partículas de cristais eletrodensos em vacúolos citoplasmáticos, com aparência diferente dos depósitos extracelulares. Alguns acúmulos intracelulares têm forma arredondada e são conhecidos como microesferócitos ou psamonas (em forma de areia).
4.Fase pós Calcificação.
Pequenas áreas representando o processo de reparação podem ser encontradas na vizinhança das calcificações, mostrando uma considerável variação na aparência. Tecido de granulação com
fibroblastos jovens e capilares recém-formados contrastam com a cicatriz bem formada, ricamente vascular, e fibroblastos maduros que estão em processo de alinhamento com o longo eixo das fibras tendinosas.
A bursa subacromial raramente é o local primário da reação. Entretanto, devido ao volume da calcificação, o depósito de cálcio pode provocar impacto subacromial e reação (inflamação) bursal.
Como a tendinite calcárea é avaliada com exames de imagem?
Avaliação radiológica
Os depósitos de cálcio estão localizados, na maioria dos casos, no tendão do supra-espinal. As radiografias devem ser obtidas sempre que a calcificação do manguito for suspeitada. A avaliação radiográfica também é importante durante o acompanhamento da patologia, pois podemos observar facilmente a mudança na densidade e na extensão da calcificação.
As radiografias iniciais devem incluir as seguintes incidências: ântero-posterior (AP) com o braço em rotações interna, externa e neutra; perfil escapular; e axilar. Algumas vezes, angulações cranial e/ou caudal da ampola ajudam na identificação e mensuração das calcificações. As calcificações no supra-espinhal são em geral bem visualizadas no AP em neutro. Já as calcificações localizadas no infra-espinal e no redondo menor são melhor avaliadas no AP em rotação interna. A calcificação no subescapular é rara e é melhor visualizada no AP com rotação externa. A incidência axilar pode auxiliar em alguns casos. A incidência em perfil da escápula pode ajudar a determinar se a calcificação está causando uma síndrome de impacto. A radiografia simples não somente permite a confirmação da presença ou ausência da calcificação como também permite dimensionar a sua extensão, forma, e densidade.
DePalma e Kruper descreveram dois tipos radiográficos.
No tipo I, há depósitos em forma de flocos com bordas mal definidas, encontradas geralmente em pacientes com dor aguda. Durante a fase reabsortiva, que é caracterizada pela dor aguda, os depósitos de cálcio têm aparência algodoada, lembrando nuvens no céu, e são irregulares, com bordas mal definidas. A ruptura dos depósitos de cálcio na bursa somente pode ocorrer durante a fase de reabsorção, pois nessa fase o depósito tem consistência semelhante a pasta de dentes. A radiografia pode mostrar algumas vezes essa imagem como uma crescente acima do deposito de cálcio em direção a bursa subacromial.
O tipo II é caracterizado por depósitos separados bem definidos e homogêneos com densidade uniforme e bem delineados na periferia. Esse tipo é encontrado nos casos subagudos e crônicos. 52% dos casos descritos por DePalme e Kruger apresentavam uma única calcificação. Uhthoff afirma que na fase de formação, quando a dor é de pequena intensidade ou ausente, o depósito é denso, bem definido e homogêneo.
A calcificação vista na artropatia do manguito rotador tem um aspecto diferente: é pontiaguda e está na inserção óssea, sempre acompanhada das alterações degenerativas ósseas e cartilaginosos. Esses depósitos de cálcio devem ser claramente distinguidos dos depósitos reacionais intratendinosos.
Em um estudo com 217 pacientes operados submetidos a radiografias simples e ultra-sonografia, realizado por Hartig e Huth a ultra-sonografia se mostrou superior na capacidade de identificação dos depósitos de cálcio. A ultra-sonografia apresentou uma correlação de 100% dos casos confirmados com a histologia e a radiografia simples foi capaz de identificar somente 90% dos depósitos de cálcio. Apesar da ultra-sonografia não submeter o paciente a radiação o acompanhamento evolutivo da calcificação é mais facilmente realizado pela radiografia simples.
O exame de ressonância magnética é raramente utilizado. Nas imagens em T1, a calcificação aparecem como áreas de diminuição de sinal. As imagens em T2 freqüentemente mostram um halo perifocal de aumento de sinal compatível com edema.
Leia Mais no segundo artigo sobre Tendinite Calcária 2
Dr. Marcos Britto da Silva
Médico Especialista em Ombro
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 19/01/2013
Olá Dr Brito, sou a Mariana de Portugal e tenho 38 anos, fui mãe à nove meses e à 7 meses fiz uma tiroidectomia total pois tinha vários nodulos, o maior com 4 cm, embora a glandula nas análises não acusasse funcionar mal. No entanto desde aí que comecei a sentir dores no ombro esquerdo e agora mais recentemente dores nas restantes articulações (joelhos e cotovelos). Ao fazer ecografia ao ombro foi-me detectada uma tendinopatia calcica do subescapular com tres focos hiperecogénicos com 8 mm o maior deles, o que me limita imenso, tenho muitas dores, custa vestir-me e pegar no meu bébe de 9meses. Será que nas restantes articulações se passará o mesmo? E agora o que será melhor como tratamento, tem cura ou é crónico? Pode aconselhar-me? E a nivel de alimentação, também posso buscar ajuda e alivio em certos alimentos?
ResponderExcluirDesculpe ser chata com tantas perguntas mas estou desesperada em dores e temo pelo meu futuro a nivel de sofrimento e poder viver limitada...
Cumprimentos
Mariana Teixeira
Você deve procurar a causa da poliartralgia ( dor em varias articulações ao mesmo tempo) a calcificação do ombro quando é uma tendinite calcárea é uma doença auto limitada. Procure seu ortopedista.
ResponderExcluirDr. Marcos Britto, Meu nome é renato da Silva, tenho 45 anos, são paulo e email: repase40@uol.com.br.
ResponderExcluirTendo em vista o feriado do dia 03.06.2010, não consegui ir ao médico este final de semana após o recebimento de um exame médico no ombro direito. Gostaria, se pudesser, saber que tipo de tratamento para o meu casoo sr. recomendaria, já que só consegui consulta para o dia 25.06.2010.
Fiz uma ressonância e o laudo é: Sinais de artrose acrômico-clavicular incipiente, caracterizados por discretas labiações osteofitárias marginais bem como por leve redução do espaço articular; Lábios glenóides integros com a técnica utilizada; o tendão do supra-espinhoso apresenta-se com alteração de seu sinal caracterizado por hipersinal nas sequências ponderadas em T2, porém sem sinais evidentes de solução de continuidade de suas fibras, sugerindo tendinopatia; demais tensões do manguito rotador de morfologia e sinal preservados; tendão da cabeça long do músculo bíceps braquial de espessura, sinal e trajeto do sulco inter-tubercular normais; hipersinal em T2 na topografia da bursa subacrômio-deltoídea, podendo corresponder a bursite; não foi observado líquido intra-articular em quantidade significativa; estrtura musculares e planos gorduorsos íntegros.
Renato, bom dia.
ResponderExcluirGostaria de salientar que o exame de imagem isoladamente não permite sugerir um tratamento. Aos 45 anos de idade pequenas alterações aparecem e podem ser normais para a idade. Sugiro que você mostre esse exame para um ortopedista que poderá correlacionar o resultado com a sua clinica ( sinais e sintomas que você apresenta durante a consulta e exame clinico)
gostaria de saber o que significa
Excluirespassamento hipoecoico da bursa subdeltoideana
Em geral esses achados estão relacionados a bursite crônica
ExcluirOlá Dr.Marcos,Meu nome é Sheyla Viana e tenho 42 anos,Moro na cidade de Manaus-Amazonas e escrevo realmente porque já não aguento mais tanta dor, analgesicos e antiinflamatorios.Há alguns anos atras fui diagnosticada com peritendinite no ombro esquerdo, na época fiz seis meses de fisioterapia, porém saía pior do que entrava.Como meu plano de saude é o sus, a dificuldade de marcar consulta e a própria fisioterapia, fiquei desistimula e acabei desistindo do restante do tratamento.Os anos se passaram e confesso que a dor permaneceu, mas não tao intensa, pois evitei fazer muito esforço com o braço esquerdo.Há dois meses atrás
ResponderExcluira dor voltou, fui ao ortopedista e sem exame nenhum me diagnosticou com bursite, apenas pelos sintomas que descrevir: dor no ombro,cansaço e sem forças, inchaço do ombro até altura do cotovelo, e inchaço e desconforto no antibraço até as mãos, além de um inchaço nas costas do lado esquerdo.Depois de tomar muitos antiinflamatorios e remedios p/dor de 8/8hs, procurei uma medica clinica Geral, que me solicitou um raio x, mas me encaminhou para o ortorpedista.O laudo do raio X diz: Calcificação de partes moles correspondendo a paratendinopatia cálcica. Espaços articulares mantidos.
Meu problema é que só terei consulta com o ortopedista no mes que vem, o que posso fazer para aliviar o meu sofrimento?
enviei resposta ao email slmsmv@yahoo.com.br
ResponderExcluirMeu nome é Patrícia de Assis, enviei o comentário, apenas esqueci de encaminhar o e-mail: pat_berti@yahoo.com.br
ResponderExcluirBoa noite Marcos,
ResponderExcluirEstou com uma calcificação no ombro do braço esquerdo, estou sentindo muitas dores principalmente a certos movimentos. Estou muito sedentária, queria iniciar neste mês Hidroginática, será que vai piorar? O que faço para ficar livre destas dores?
Conto com sua ajuda.
Meu nome é Lúcia Santos, tenho 50 anos, moro em São Luis-MA, o meu e-mail é luciafas@ig.com.br
Desde já agradeço
Olá, Dr. Marcos Britto.
ResponderExcluirSou Rachel, tenho 23 anos e moro em Campina Grande - PB. Há aproximadamente dois meses venho sentindo dores pontiagudas e intermitentes no ombro direito (incluindo a região do pescoço), sobretudo na região da clavícula, acompanhadas de uma perda da força do braço. Tais sintomas são compatíveis com alguma patologia ou estão relacionados a questões posturais?
E-mail para contato: farias.rachel@gmail.com
Olá meu nome é Solange, sou de S.J.Campos e tenho 44 anos.
ResponderExcluirAlgum tempo atrás, por volta de 01 ano, venho sentindo fortes dores nas juntas (joelhos, ombros, cotovelos, etc) fiz alguns exames de sangue solicitados por um reumatologista e os resultados que apresentaram alterações foram:Proteina C reativa alta sensibilidade 6,81 mg/l e anti cardiolipina igm indeterminado 11,0 MPL-U/mL.
fiz outros exames: ultrassom do quadril direito: Bursite trocantérica; rx dos pés: calcificação incipiente na inserção do tendão de aquiles no calcâneo esquerdo; rx dos joelhos: entesopatia do quadríceps a esquerda; ecodopplercardiograma dentro dos padrões da normalidade encontrando evidência fluxo sistólico turbulento no interior do átrio direito (insuficiência tricúspide) de grau mínimo, e isso porque o médico ainda não pediu exames dos ombros, braços e mãos (pois sinto fortes dores) tenho consulta somente dia 07 de agosto, mas minha ansiedade está piorando minha situação. Minha dúvida maior é se realmente estes casos que mencionei deve ser tratado com reumatologista ou ortopedista? qual a minha patologia?
obrigada
solangesoleo@gmail.com
dr.Marcos tenho 55 anos e foi diagnosticado sinais de tendinite cálcaria do supra-espinhoso.
ResponderExcluirO que devo fazer?^
Sônia, 55 anos, São José - SC
soniamalvina@terra.com.br
Você deve procurar um ortopedista e iniciar o tratamento o mais rapidamente possivel. De acordo com a localização da calcificação e das características radiológicas o médico determinará em que fase esta a doença e lhe orientará.
ResponderExcluirola dr.Marcos, tenho 24 anos e tive uma fratura da tibia e agora sinto muita dor no joelho, ele fica estalando direto e parece que nao tem estabilidade, fiz uma tumografia, e o laudo diz: focos calcicos intra-articulares no espaço femuro-tibial medial. oque é isso??? estou esperando agora para fazer uma ressonância magnética. oque o senhor acha que pode ser essas dores? grato! SOU DE QUEIMADOS RJ MEU EMAIL É: ANDOBOY@HOTMAIL.COM
ResponderExcluirOs focos de calcificação a principio não causam instabilidade, procure um ortopedista para avaliar os ligamentos do Joelho. Esse post Não é o local adequado para esse comentario deixarei o comentario por um tempo depois irei apaga-lo.
ResponderExcluirsou a leila tenho 57 anos faz sete anois que siinto muitas dores lombar, um ano pra piooroufiz, ressonancia magnetia deu labiacoes osteofitarias e artrose facataria o explique o que e
ResponderExcluirleila-57 anos-ipero regiaoleiladomingues1@gmail.com
ResponderExcluirquero saber o que labiacoes ostofiotarias artrosefacataria
Desculpe porém não conheço esses termos.
ResponderExcluirLeila, seu perfil no blogger não está disponível, não tenho como ajudá-la sem lhe fazer outras perguntas. Vejo que você postou duas perguntas a primeira como anônimo e a segunga com seu perfil no blogger porém não disponibilizou seu email!
ResponderExcluirOi, sou Silvia tenho 57 anos, tenho artrose cevico-artrose, dorsal e lombar, além de ensopatia calcificada nas inserções dos tendões do quadriceps nas patelase dismineralização ossea difusa, qé proveniende de q isso? q devo fazer de imediato?
ResponderExcluirObrigada.
Acho que a medida urgente mais importante é procurar a orientação de um ortopedista e levar todos os seus exames para que ele possa analiza-los e te examinar.
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirMeu nome é Paulo Martins, sou do Rio de Janeiro mas moro em Portugal.
Dr. foi diagnósticado já algum tempo tendinites em ambos os ombros. Mas a coisa de 1 mês fiz uma ressonância magnética e foram dadas como calcificadas as tendinites. Sou diabético Tipo1, devido a esse facto, antes de fazer alguma coisa gostaria de uma opinião sua. Quais serão as possíbilidades de cura? E tratamento a ser feito para que isso se concretize.
Meu mail: pjgm1971@gmail.com.
Agradeço desde já o seu tempo, e aproveito para lhe dar os parabéns pelo seu trabalho.
Paulo Martins.
respondido por email
ResponderExcluirOLA DR. TD BEM PRECISO MUITO DE UMA ORIENTAÇAO SUA FIZ UNS EXAMES DE ULTRA SOM DE OMBROS E O RESULTADO FOI ; PRESENÇA DE LIQUIDO NO TENDAO SUPRA ESPINHOSO OMRO D . E CALCIFICAÇAO DE SUPRA ESPINHOSO OMBRO E . E RX DA CERVICAL PINÇAMENTO DISCAL C5 /C6 .TENHO MUITAS DORES NO PESCOÇO OMBROS E NOS BRAÇOS E AGORA ESTOU COM MUITAS FRAQUEZA NO BRAÇO CHEGANDO A CAIR OBJETOS DA MINHA MAOS SEM EU PERCEBER ESTOU DESESPERADA ISSO TEM A VER COM ESSES RESULTADO DO EXAME. MEU MEDICO FALOU QUE TENHO BURCITE CRONICA AGORA ESCREVEU QUE ESTOU COM CERVICOBRAQUIALGIA E JA ME ENCAMINHOU PARA ESPECIALISTA DE COLUNA . ESTOU SEM TRATAMENTO PORQUE AQUI ONDE MORO E INTERIOR E TA DIFICIL MEDIDO DE COLUNA PELO SUS ME AJUDE E RESPONDA SE ISSO E GRAVE ESTOU COM MUITAS DIFICULDADE DE CUIDAR DOS AFAZERES DO LAR TENHO MUITAS DORES . QUE DEUS LHE ABENÇOE
ResponderExcluirMEU IMAIL E ; MARLI.FREITAS22@HOTMAIL.COM
O ortopedista especialista em coluna pode ajudá-la, siga a orientação do seu ortopedista
ResponderExcluirDr. Britto, tenho 46 anos e foi diagnosticada com tendinite calcifica nos dois ombros.
Mas o que me foi dito pelo ortopedista , resumindo foi: não se sabe a causa, não se sabe a cura; nesta fase , melhor não fazer fisioterapia, só antiinflamatórios na hora da dor; é ciclico, as vezes passa sozinho; as vezes infiltraçoes de cortisona resolvem, mas melhor esperar;
bom: meu histórico é de 4 anos atrás era um ombro, ficou por bastante tempo doendo; passou. Voltou no outro; mais tempo passou; voltou no primeiro há um ano; nao passou, e agora os dois; doi muito, doi de dia, de noite, fazendo certos movimentos, a face externa do braço, tem dias que cansa segurar o celular numa ligação.
Minhas perguntas:
-antiinflamatorio: qual o melhor, que não acabe com meu estomago e rins; eu tomo nimesulida, melhora.
-indicou quando tem dor: tem dor sempre; por isso na realidade , confesso que nao tomei; como vou tomar sempre? tomo um dia...me da alivio...vou aguentando até nao conseguir ..tomo outro; como devo fazer porque isso sirva para alguma coisa sem me prejudicar mais que curar?
-li tudo que achei sobre o assunto: triste. Bom, o que pode me dizer sobre estas ondas de choque? servem? sao aquelas usadas para pedras nos rins?
vale a pena tentar? quem faz?
-pode ser que passa sozinho? dizem que a fase que doe mais é a de reabsorção...será que estou nela? será que depois me da alivio por uns anos?
- o estagio se vê na radiografia? quando fiz, meses atras, me parece que o medico disse que estava na consistencia de pasta de dente.
Isso indica o que?
-o médico disse que é até melhor que tenha esta pasta porque previne lesões do tendão..Mas como? se a esperança é que seja reabsorvida? se a cirurgia é para retirá-la?? Não entendo mais nada;
Só sei que agora ta demais, que não sei se uma temporada de antiniflamatórios poderia servir, queria sua opinião. Eu só tomei esporadicamente, porque na realidade , tomo, alivia e volta..e daí? Por medo de efeitos colaterais, não tomei.
Obrigada
Deborah Jappelli
deborahjappelli@hotmail.com
Bom dia, Dr. Marcos!
ResponderExcluirEu sou a Patrícia, tenho 4O anos. Comecei a sentir uma pequena dor no punho esquerdo, a qual foi aumentando, criando uma região avermelhada e com edema. Na tomografia, a conclusão do laudo foi: "Aspecto compatível com tendinopatia cálcica do flexor ulnar do carpo, associada a reação inflamatória adjacente".A medifa do foco cálcico é 1,2 X 1,0 X,0,7 cm. O que é isto? Tem tratamento com remédios, fisioterapia ou necessita de intervenção cirúrgica? O médico que solicitou o exame é da capital, liguei para marcar o retorno e o mesmo encontra-se de férias, só voltará a atender daqui a vinte dias. Estou preocupada,poderia me esclarecer. Obrigada pela atenção e parábens pelo trabalho realizado.
o laudo sugere que existe uma calcificação no tendão, leia mais em Tendinite nesse blog
ExcluirBOM DIA!
ResponderExcluirDOUTOR MARCOS BRITTO
ESTOU TENDO DORES FORTES NO MEU OMBRO FUI ATE O MEDICO E O DR. PEDIU PARA FAZER UM ULTRASSOM DO OMBRO ESQUERDO E DIREITO O RESULTADO DEU ESTE:
OMBRO DIREITO
PELE E SUBCUTÂNEO SEM ALTERAÇÕES
TENDÃO DA CABEÇA LONGA DO BÍCEPS DE ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO SUPRASPINAL APRESENTANDO ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO SUBESCAPULAR APRESENTANDO ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO INFRASPINAL APRESENTANDO ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
BURSA SUBACROMIAL - SUBDELTOIDEA LÍQUIDO E ESPESSAMENTO
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO - CLAVICULAR ANATÔMICA
OPINIÃO
BURSITE SUBACROMIAL - SUBDELTOIDEA
ULTRASSOM DO OMBRO ESQUERDO
PELE E SUBCUTÂNEO SEM ALTERAÇÃO
TENDÃO DA CABEÇA LONGA DO BÍCEPS DE ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO SUPRASPINAL APRESENTANDO ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO SUBESCAPULAR APRESENTANDO ASPECTO FIBRILAR HABITUAL
TENDÃO INFRASPINAL APRESENTANDO ASPECTO HIPOECOGÊNICO COM CALCIFICAÇÃO DE PERMEIO
BURSA SUBACROMIAL-SUBDELTOIDEA LIQUIDO E ESPESSAMENTO
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR ANATÔMICA
OPINIÃO
TENDINITE CALCÁRIA DO INFRAESPINAL
BURSITE SUBACROMIAL-SUBDELTOIDEA
BOM DOUTOR TENHO 51 ANOS E COMECEI A TER DORES FORTES FUI ATE O ORTOPEDISTA E ELE PEDIU O EXAME E O RESULTADO E ESTE, ANTES DE FAZER O EXAME ELE JA TINHA PEDIDO PARA EU FAZER FISIOTERAPIA NÃO FIZ PQ ACHEI EXTRANHO FAZER FISIOTERAPIA SEM SABER O QUE TENHO, GOSTARIA DE UMA OPINIÃO DO DOUTOR ESTOU RECEIOSO DE VOLTAR A ESTE MEDICO OU SERA QUE TENHO QUE PROCURAR OUTRO MEDICO MORO EM SÃO PAULO, E ESTOU PREOCUPADO COM ESSAS DORES GERALMENTE A NOITE AO DEITAR QUE DOI MAIS.AGUARDO UM RETORNO DO SR. E AGRADEÇO DESDE JÁ O MEU E-MAIL É tonybleer@terra.com.br. TENHO UM OTIMO FINAL DE SEMANA.
Você deve retornar a um ortopedista para mostrar o resultado do exame.
ExcluirOlá, Doutor Marcos! Primeiramente quero lhe parabenizar pelo trabalho maravilhoso e informativo. Bom, já a algum tempo venho sofrendo... Vou informando os sintomas em ordem cronológica de surgimento: mal estar, náuseas e sensação de desmaio (8 meses- ao caminhar pouco); Dores na região inguinal (no pé da barriga, como muitos falam 7 meses) e dores no interior da coxa direita com formação de pequeno caroço; dor na face direita do bumbum estendendo-se para virilha e perna (6 meses); As náuseas aumentaram (vômitos e diarréia - 6 meses até 4 meses atrás - cessou); Sensação de dormência lado direito do corpo (principalmente durante o sono, acordo aflita e com palpitações e mal estar- vem, aumentado com frequencia). Bom, após os sintomas lhe informo que já passei por 15 médicos, entre cirurgião, clínico geral, ginecologista, angiologista... Fiz exames ginecológicos e ultrassom assim que percebi o carocinho na coxa, a pdeido da ginecologista. As alterações foram: ovário policisto ( a dra. informou que não havia relação) e linfonodos de 0,9 cm. Tomei duas cxs de Feldene e nada de melhorar. Nessa altura do campeonato minha nádega direita começou a inchar, o clínico geral suspeitou de hérnia, fiz ressonância que acusou: 1)peritendinite junto à inserção dos glúteos mínimo e médio no trocânter maior femoral bilateral, sem alterações tendíneas intrassubstanciais significativas; 2) Edema da gordura que se interpõe entre o trato ílitio-tibial e o trocânter maior femoral bilateral, sem distensões líquidas das bursas trocantéricas. Fui ao angiologista antes de fazer a ressonância, o mesmo passou ultrassom das veias da perna, com suspeita de IVC. Porém, durante esses meses tomei vários remédios, cefalexina, buscopam, tylenol, ibuprofeno... e muitos outros que não me recordo agora. Estou aflita porque o inchaço da minha nádega vem aumentando aos poucos, o mal estar também... A ressonância só ficou pronta em 10 de dezembro e pelo SUS não há sequer previsão de consulta para ortopedista! Sei que é impossível consultar dessa maneira mas por favor me dê alguma orientação; tomo ibuprofeno 10 dias e paro mais 10. As dores retornam assim que paro o remédio. Eu não aguento mais tomar tanto remédio sabendo que não irão resolver meu problema.Me ajude, por favor!
ResponderExcluirEvelin, bom dia.
ExcluirVocê acorda aflita e com palpitações.
Passou por 15 médicos
Você afirma que: os remédios não irão curar o seu problema.
Leia sobre dores crônicas: http://www.marcosbritto.com/2010/11/dor-cronica-fibromialgia-tratamento.html
dr, estou com uma tendinite calcaria no cotovelo direito, sobre o epicondilo lateral, com 2 calcificacoes de 2cm.. a dor tem uns 5meses branda, e de 1 semana p ca piorou e imflamou.. iniciei o tratamento com antiflamatorios e corticoides, entao a imflamacao e dor regrediu.. porem ainda vejo e sinto a calcificação, e dor branda ao extenter o braço.. o sr me passaria alguma orientação mais expecifica de tratamento, afim de reabsorver as calcificações? penso em iniciar o ultrassom de 1,7, e fazer acupuntura. existe um tempo medio para eu aguardar reabsorção e partir para sirurgia? obrigado. renato capelanez (capelanez@gmail.com)
ResponderExcluirPara poder ajudá-lo precisaria examiná-lo
ExcluirDoutor Marcos, sobre tendinite calcária, quando ocorre a absorção, é sinal de cura? ficarei livre da doença?
ResponderExcluirDr. Brito obrigada pelo seu blog ser tão esclarecedor. me deu muito alívio ler seus pareceres e todas as postagens das pessoas. Obrigada. imensamente.
ResponderExcluirDR Britto, tenho 42 anos e ha cerca de 11 anos sofro com uma dor na lateral da coxa direita q irradia ate a altura do joelho. Fiz exames de RM e ultrassom e foi diagnosticada uma tendinose dos glúteos médio e mínimo. Já fui a vários ortopedistas e fiz diversos tratamentos, inúmeras sessões fisioterapia, infiltração e Terapia de Onda de choque. Não tive sucesso e a dor apenas piorou ao longo dos anos. Não sei porque surgiu essa patologia, nem os médicos que procurei sabem me dizer a causa, mas possuo problemas endócrinos desde criança. O senhor trata tendinose no quadril? É possível melhorar o problema com cirurgia uma vez q os tratamentos conservadores não me ajudaram? Obrigada
ResponderExcluirPara tratar uma dor, precisamos fazer um diagnóstico específico do porque daquela dor, podemos ter tendinites prximas que não necessariamente provocam as dores. Temos vários tratamentos para esse tipo de dor, porém primeiro devemos fazer o diagnóstico.
ExcluirCalsificao e degeneração nas partes moles é o que
ResponderExcluirDr. Britto, tenho 45 anos o médico pediu um exame de ultrassom do meu ombro esquerdo e o diagnóstico foi esse: Exame ecográfico compatível com síndrome do impacto em ombro esquerdo grau III. O que significa? Obrigada.
ResponderExcluirBOA NOITE DR MARCUS.
ResponderExcluirTENHO 43 ANOS E FUI DIAGNOSTICADA COM .MÚLTIPLAS CALCIFICAÇÃO OS DOIS OMBROS, BUSITE É ARTROSE...VENHO SENTIDO MUITAS DORES NOS BRACOS, PESCOÇO E OMBRO. É NORMA?
VAI É NAO VAI , TENHO TENSAO NO PESCOÇO.
Será necessário inicialmente correlacionar essas calcificações com as dores.
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