Transplante de Medula Óssea
Há algumas semanas temos acompanhado a luta de um aluno do Colégio
Cruzeiro, no Rio de Janeiro, pela vida. Seu nome: Henrique Gravatá, 11 anos de
idade. Ele foi diagnosticado com leucemia e o único tratamento
possível é o transplante de medula óssea.
Em poucos dias, uma campanha organizada pelos amigos e familiares
do Henrique, tomou conta das redes sociais e jogou luz sobre o drama de
milhares de pessoas que aguardam ou esperam encontrar a cura para essa
doença pelas mãos de um doador de medula óssea.
O que é a medula óssea?
O osso, apesar de parecer ser uma estrutura rígida que só tem cálcio, na
verdade, é o órgão responsável pela produção das células do sangue. Portanto,
dentro dele encontram-se as células jovens ( células tronco) capazes de
produzir hemácias e leucócitos. Algumas doenças muito graves, como a leucemia,
por exemplo, possuem como único tratamento, exatamente a substituição dessas
células doentes pelas saudáveis (de um doador).
Como fazemos para doar medula óssea?
Para ser um doador de medula óssea é muito fácil.
O processo se inicia com a retirada de uma pequena amostra de sangue, em
uma instituição habilitada. No Rio de Janeiro, por exemplo, temos o Hemorio e o
Instituto Nacional do Câncer ( INCA). Em seguida, é feito um cadastro do doador
em um banco de dados mundial. Ou seja, ao se cadastrar, você
poderá salvar a vida de alguém em qualquer parte do mundo!!!
Mas se é tão simples, porque é tão
difícil encontrar um doador de medula óssea?
Para que ocorra um transplante de medula óssea, é necessário encontrar
um doador cujo sangue possua as mesmas características genéticas que as do sangue do
paciente. Deve haver uma compatibilidade entre doador e receptor. E isto é um
fato muito raro. Mas, somos 6 bilhões de pessoas no mundo. A probabilidade de se localizar um doador de medula óssea está relacionada diretamente ao crescimento do número de cadastrados.
Ou seja, quanto maior o número de doadores inscritos, maiores as chances de se localizar “alguém” compatível com um daqueles pacientes que aguardam pelo transplante de medula.
Trata-se de uma luta contra o tempo, uma vez que as chances de cura do paciente dependem do aumento do número de doadores no banco de dados.
E quando se localiza um doador
compatível, o que ocorre?
O transplante de medula ocorre em 2 etapas:1- a primeira, consiste em retirar o sangue e entrar no banco de dados mundial, como explicado acima.
2- depois, caso o doador cadastrado seja compatível com algum dos pacientes inscritos é que se passa à retirada da medula óssea desse doador. A retirada é simples e feita com anestesia local, e cercada de todos os cuidados necessários.
O médico aspira o sangue de dentro do osso. Não há dor, pois o osso não
possui terminações nervosas, basta anestesiar a pele e o periósteo ( membrana que reveste o osso) que não se sente nada.
Esse sangue retirado de dentro do osso é transplantado para o receptor
da medula óssea e com isso a pessoa passa a ter o sangue igual ao do seu
doador, e como as células transplantadas são saudáveis a vida do receptor pode
ser salva.
Qual a idade ideal para doar medula
óssea ?
É recomendado que o doador tenha entre 18 e 60 anos de idade.
Onde doar?
No Rio de Janeiro,
· HEMORIO
- Comparecer de 2ª a domingo de 8 às 17 horas, Guichê 1 do Setor de Cadastro, no Salão de Doadores. O candidato, apresentando um documento oficial
de identidade com foto, válido em todo o território nacional, fará seu cadastro
e uma amostra de 5 ml de sangue será coletada para a realização dos exames de
histocompatibilidade que efetivarão a
sua inclusão no REDOME ( Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula
Óssea).
· REDOME -
( Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) Rua dos
Inválidos, 212 - 11º andar - Centro - Rio de Janeiro / RJ Telefone: (21) 2505-5656 /
2505-5639 / 2505- 5638 - E-mail: redome@inca.gov.br
Procure informar-se na sua Cidade, onde pode se inscrever como doador. É
rápido, fácil e o mais importante, PODE SALVAR UMAVIDA.
Esse Artigo Foi escrito em parceira com Silvia Helena de A. F. B. da Silva
Rio de Janeiro 07/11/2015
Post muito esclarecedor. Mais uma luz que se ascende sobre o Henrique e milhares de pessoas que aguardam uma medula óssea compatível.
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